Quando acorda, em baixo do chuveiro, a roupa pronta pra sair estendida em cima da cama, o barulho da cafeteira e o cheiro do líquido precioso matinal indicam que a arena esta pronta para receber a gladiadora maquiada e perfumada, o beijo silêncioso nos filhos que dormem no quarto ao lado sussurram ao seu ouvido que é hora de se armar para defender seu território.
Ao abrir a porta o sol lhe saúda e beija sua pele de forma graciosa, olha para o alto e vê o azul espantoso do céu brindando seu inicio de dia, seu arqui inimigo (o chefe) a espera com o relógio de pontos tilintando para lhe dizer o que fazer e até quando fazer, o dia transcorre como cachoeira montanha a baixo e quando se dá conta já esta pronta para retornar ao seu reino particular onde pode dar ordens e chorar como criança, abraçar os filhos e beijar o esposo que a aguarda agora é apenas uma mulher, mãe e protetora um pouco desprotegida.
a bolsa pendurada no gancho, o banheiro esfumaçado, o roupão pendurado indicam que é hora de baixar as armas, o batom, o perfume, a caneta, a prancheta, a água quente cai levando o canssaço e trazendo o sorriso e a conversa agradavél o jantar fumega sobre a mesa e ai ela vê seu reino pronto para sauda-la pelo seu retorno. Assim é essa maravilhosa criatura: mulher moderna, forte, fragil e sobrevivente...
